O que esperar do filme? Uma obra-prima do competente diretor Damien Chazelle ("Whiplash).
Apesar de pegar mais uma vez o ritmo Jazz como plano de fundo, o filme funciona em tudo. É um musical moderno, com muitas falas entre uma música e outra, que deixa a película nada cansativa, que prende a atenção e faz refletir sobre os caminhos que a vida de dois jovens vão se traçando ou longo das fases da vida (retratadas em estações).
Aliás outro ponto positivo do filme são as referências à clássicos do cinema como: "Casablanca", "Juventude Transviada", passando por momentos musicais dos anos 70 e 80, em uma explicita homenagem ao cinema. E nada melhor que fazer isso onde? Nas telas de um filme.
A história se passa entre os dois personagens principais Mia (Emma Stone) e Sebastian (Ryan Gosling), ambos buscando e se frustrando com o rumo de suas carreiras. Ela sonhando e não conseguindo ser atriz de TV e ele tentando resgatar a alma do Jazz, porém resistente às mudanças que podem atrair um público mais jovem. (Alguma semelhança com o público de filmes musicais?).
Entre os desencontros profissionais acontece o encontro amoroso entre os dois. Piegas? Não se tal romance não servisse para englobar todas as homenagens e reflexões citadas acima.
Fotografia, figurino, montagem e roteiro também beirando à perfeição fazem de "La La Land" o filme mais original do ano, para muitos não o melhor, mas gosto é gosto.
Coadjuvantes? Até tem, e muito competentes, mas o filme é inteiro da dupla central que terão seus merecidos OSCARS se a academia não errar a mão.