terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O LADO BOM DA VIDA


Pat é mandado para um hospital psiquiátrico, após um incidente, aonde ele flagra sua mulher com um amante e perde a cabeça espancando o quase até a morte. Depois de oito meses em reabilitação, ele volta para casa, sem emprego e com sua vida de ponta cabeça. Ele vive, agora com a esperança de reatar seu casamento. Com uma família nada normal, Pat acaba se deparando com uma jovem bem atormentada, Tiffany. A garota também vive vários problemas e com muita insistência da parte dela, os dois tentam pelo menos manter uma relação amigável.
O filme que está concorrendo ao Oscar, não segue o perfil de nenhum dos outros concorrentes. Um drama com uma pitada de comédia envolve o telespectador, por não mostrar aquela família feliz, onde um acontecimento muda tudo e sim uma desestruturação nítida desde o início. Com diálogos bem estruturados e atores dignos do papel, o longa nos traz várias reflexões. Destaque para atriz Jennifer Lawrence, que nos dois últimos anos se mostrou versátil em cada papel em que atuou, nunca sendo a adolescente que faz filmes comerciais e sim começando sua carreira com dramas e suspenses mais “cults”.
Uma lição que podemos tirar dessa trama, é que nem sempre temos os melhores pais e nem amigos do mundo, mas se eles te amam de verdade, farão de tudo pra sua felicidade mesmo que de um jeito torto. Recomendo o filme!


Título Original: Silver Linings Playbook
Diretor: David O. Russell
Elenco: Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Bradley Cooper, Julia Stiles, Chris Tucker, Shea Whigham, Dash Mihok, Russo, Michelle Santiago, Ryan Shank, Kenny Shapiro, Rita Soto, Will Souders
Produção: Bruce Cohen, Donna Gigliott, Jonathan Gordon
Roteiro: David O. Russell, baseado na obra de Matthew Quick
Fotografia: Masanobu Takayanagi
Trilha Sonora: Danny Elfman
Duração: 122 min.
Ano: 2012
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Paris Filmes

domingo, 20 de janeiro de 2013

A FEITICEIRA DA GUERRA


Mesmo com muitas estreias ótimas no cinema, optei por ver um filme que ao início me pareceu uma história interessante. O filme de Kim Nguyen (Canadá) concorre este ano na categoria de melhor filme estrangeiro.
A obra conta a história de Komona, uma menina que com 12 anos é obrigada a matar seus pais com um fuzil, pressionada pelo pelos rebeldes em uma guerra civil com o governo na África. Sem nenhuma dó ou humanidade, soldados chegam á sua aldeia para sequestrar crianças e treiná-las para viver na desgraça e matar sem piedade. Komona, então vira uma “soldado de guerra” e vai lutar com outras crianças na floresta.
Só por esse inicio já vemos que o longa é um “soco no estômago” do telespectador. Se você espera um drama, uma aventura, ou simples entretenimento, esqueça, pois este é um filme realista, que infelizmente mostra o que há de pior nos seres humanos, quando o poder está em jogo.
No decorrer da trama, as crianças apanham, trabalham duro e ainda sempre tem de ficarem alertas para qualquer ataque inimigo. Com um comandante brutal, a única chance de sair dessa vida é seguir os passos, de um amigo da sua mesma idade, de apelido “Mágico”. Ele convence a pobre menina que a solução é fugir de tudo àquilo e tentar sair de tanto sofrimento.
No meu ponto de vista, nós reclamamos tanto da situação de nosso país, mas quando assistimos algo assim, percebemos que a sociedade em geral ainda não sabe o que é a palavra ser humano. A narrativa muito bem construída nos faz perceber que o decorrer da história não vai mudar e a tragédia, por assim dizer é o clímax de tudo. Entretanto, nos mostra como o que já é ruim, pode ficar pior, se depender de pessoas que apenas vivem para lutar. Logo, infância é um termo desconhecido para os Rebeldes, assim como o que é a vida sem guerras e conflitos diários.
Rachel Mwanza (Komona), vencedora de Urso de Prata de melhor atriz no festival de Berlin, faz uma atuação belíssima, mostrando a doce voz de uma criança contando a trama, como também a coragem e a força de uma guerreira em plena guerra civil em algum lugar do sul da África.

Título Original: Rebelle
Ano: 2012
Duração: 90 min.
Diretor: KIM NGUYEN
Roteiro: Kim Nguyen
Fotografia: Nicolas Bolduc
Montagem: Richard Comeau
Elenco: Rachel Mwanza, Alain Bastien, Serge Kanyinda
Produtor: Pierre Even, Marie-Claude Poulin
Site: www.rebelle-lefilm.com


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

AS AVENTURAS DE PI


Não é a toa que “As Aventuras de PI” é um forte ganhador do Oscar e está indicado em 11 categorias pela Academia.  O diretor Ang Lee adora inovar no cinema e não é de hoje. Ele ganhou um Oscar por “O Segredo de Brokeback Mountain” , que causou polêmica e reuniu opiniões contrárias no mundo todo, logo depois fez um drama erótico de espionagem, Desejo e Perigo, além de outros gêneros como filmes de kung fu (O Tigre e o Dragão), de guerra civil (Cavalgada com o diabo).
Dessa vez, ele trouxe para as telonas uma história fictícia, aonde uma família indiana tem de vender um zoológico que administram na Índia e partem em um navio cargueiro para o Canadá, em busca de uma nova vida. Durante a viagem PI, sua família e os animais sofrem um naufrágio. Desde então ele passa semanas em um bote salva-vidas acompanhado de uma zebra, um orangotango, uma hiena e um tigre de bengala chamado Richard Parker. Após alguns incidentes, ele tem de dividir seu pequeno espaço apenas com Richard Parker por semanas, porém ele tem de inventar formas para se comunicar com tigre para que ele não o mate por instinto, ou por fome.
Tudo isso parece surreal, mas ao ver o desenrolar da história, tiramos belas lições de vida como esperança e coragem para acreditar que uma força maior independente da religião que seguimos, tenha sempre um destino guardado diferente para cada um de nós, basta sabermos interpretar de outra maneira os acontecimentos de nossas vidas.
 Baseado em uma história de um livro de autoria brasileira, de Yan Martel. O filme conta com belas imagens, ideal para serem vistas em 3D, pois é isso que torna o longa metragem, mais belo, com cores fortes sempre intensificando a cor da água e tornando os animais ainda mais reais ao telespectador. Sem muita ação até os primeiros 50 min., ele acaba prendendo sua atenção pela forma que a vida de PI é contada pelo mesmo para um jornalista.
A disputa pode ser bem acirrada e dividir opiniões no Oscar 2013, mas sem dúvidas, este é um filme para todas as idade e para todas as pessoas que gostam de tirar algum aprendizado e sensações ao sair do cinema. O ponto principal do filme é a reflexão sobre quem é Deus em nossas vidas e como ele está inserido no contexto de diversas situações e como encarar um momento de desespero, solidão e tristeza por meios menos sofridos.

Título Original: Life of PI
Diretor: Ang Lee
Elenco: Tobey Maguire, Irrfan Khan, Gérard Depardieu, Suraj Sharma, Adil Hussain, Ayush Tandon
Produção: Ang Lee, Gil Netter, David Womark
Roteiro: David Magee, baseado na novela Yann Martel
Fotografia: Claudio Miranda
Trilha Sonora: Mychael Danna
Duração: 129 min.
Ano: 2012
País: EUA
Gênero: Drama

SUPREMA

Olá Pessoal! Não sou aquelas feministas extremas, que vão ás ruas lutarem por tudo que nos é de direito, mas tenho fortes convicções sobre...