sábado, 30 de janeiro de 2016

JOY: O NOME DO SUCESSO



         David O. Russel volta com a nova queridinha de Hollywood e indicada ao OSCAR de melhor atriz, Jennifer Lawrence, em seu terceiro trabalho juntos.
      Jennifer dá vida à personagem principal, que é o nome do filme. Uma mulher de 26, 27 anos, com 2 filhos pequenos, um ex-marido venezuelano que mora no porão de sua casa, a mãe que não sai do quarto para não perder nada de sua novela (Virginia Madsen), o pai (Robert Deniro) que volta pra casa depois do terceiro divórcio e a avó que é a narradora da estória.
      Joy é uma inventora que não fez faculdade e vive de alguns trabalhos como contadora com o pai enquanto não tem sucesso em suas empreitadas.
      Cheia de cuidar apenas da família que não a ajuda em tarefas simples, ela vai à busca de um objetivo ao inventar um novo utensílio doméstico que acha que lhe dará retorno e será revolucionário. Ideia vinda de uma situação que acontece com a namorada nova de seu pai, uma descendente de italianos que herdara do antigo marido uma fortuna e que pode ajudar Joy a investir no projeto.
     Bradley Cooper aparece no decorrer do filme em seu quarto trabalho nos cinemas com Jennifer. Ele faz o representante de um canal de vendas.
     O filme trata de relações familiares, famílias modernas, interesses comerciais, patentes, valentia feminina e insistência de realizações de sonho e sucesso, apesar de percalços, falta de dinheiro e apoio.
      Não é o melhor roteiro de David O. Russel, que brilhou em, “O Vencedor”,  “O Lado bom da Vida” e “A Trapaça”, mas vale a pena assistir. Tem um “que” de inspiração.


Gênero: Drama
Direção: David O. Russell
Roteiro: Annie Mumolo, David O. Russell
Elenco: Allie Marshall, Bradley Cooper, Chaunty Spillane, 
Dascha Polanco, Drena De Niro, Édgar Ramírez,
Erica McDermott, Isabella Crovetti-Cramp, Isabella Rossellini, 
Jennifer LawrenceRobert De Niro, Virginia Madsen
Produção: John Davis, John Fox, Jonathan Gordon, Ken Mok, Megan Ellison
Fotografia: Linus Sandgren
Montador: Alan Baumgarten, Jay Cassidy, Tom Cross
Trilha Sonora: Danny Elfman
Duração: 124 min.
Ano: 2015
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estreia: 21/01/2016 (Brasil)
Distribuidora: Fox Film
Estúdio: Annapurna Pictures / Davis Entertainment

Classificação: 10 anos

Por Rafael Lima



quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O REGRESSO

    
     O diretor mexicano Alejandro González Iñárritu mostrou em seus trabalhos anteriores, como “21 Gramas”, “Babel” e o premiado com Globo de Ouro e Oscar de 2015 “Birdman”, volta há exato um ano depois com seu mais ambicioso e melhor trabalho no Western histórico “O Regresso”.
    O filme trata da história de uma lenda americana, Hugh Glass (Leonardo DiCaprio), um desbravador norte-americano do começo do século XIX que, em uma de suas expedições mais ousadas pelo Rio Missouri e as terras geladas da região, é atacado por um Urso (uma das cenas que tem tudo para ser lembradas daqui anos por todos que virem o filme) e logo após disso é levado, ainda com vida pelos membros da expedição para que tentassem a sua recuperação, apesar do estado crítico em que se encontrava.
Porém dois dos responsáveis por ficar e cuidar de Glass, John Fitzgerald ( Tom Hardy) e Bridger (Will Pouter), o deixam para trás ainda com vida e com um ódio por um fato que deixaremos para que vocês vejam no filme.
      A partir daí começa uma batalha pela sobrevivência e pela sede de vingança por parte de Glass para voltar ao Quartel General e acertar as contas com Fitzgerald.
   O filme é plasticamente belíssimo, com paisagens de tirar o fôlego, magistralmente dirigido, uma trilha sonora fantástica e sim, a melhor atuação de DiCaprio em sua carreira que já conta com ótimos trabalhos. Dessa vez, se não vier o OSCAR já merecido por “Gangues de NY” ou “O Lobo de Wall Street”, será uma grande surpresa por parte da academia. Já o diretor pode ser o segundo na história a ganhar o OSCAR de diretor e filme em anos consecutivos e merecidamente.

Ano:(2015)
Título Original:The Revenant
País: Estados Unidos
Classificação: 14 anos
Estréia: 04 de fevereiro de 2016
Duração: 156 min


Por Rafael Lima 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

STEVE JOBS


A nova versão para a história de Steve Jobs, o visionário CEO da Apple, falecido em outubro de 2011, tem uma leitura digna da personalidade do retratado.                       
O filme, diferentemente do fracassado “Jobs”, conta apenas 3 passagens da vida do “revolucionário da informática”. O lançamento do Macintosh em 1984, sua tentativa de abertura de empresa e inovação em 1988 e seu retorno à Apple em 1998 com o lançamento do iMac.
Apesar de parecer pouca coisa, o diretor Danny Byle (Quem quer ser um milionário) e o roteirista Aaron Sarkins (ganhador do globo de ouro desse ano), tornam o filme com momentos de tensão, explicando a biografia e os conflitos internos e externos do personagem vivido com classe por Michael Fassbender, não se apegando à aparência, (pois lembra mais o Kevin Kline que o próprio Steve), mas sim ao talento do competente ator alemão.
Kate Winslet tem uma atuação fantástica que merecia um OSCAR de atriz coadjuvante, na pele da assistente leal e marketing designer do personagem central. Além disso, Jeff Daniels e até (pasmem) Seth Rogen, tem atuações dramáticas seguras e convincentes.


Com uma ótima recriação da época, sendo que a imagem do filme vai melhorando de acordo com o andar da projeção, “Steve Jobs”      é, com certeza a homenagem que faltava à essa personalidade que entrou no século XXI devastando o mercado da inovação e sendo devastado por críticos e pelas pessoas que o cercavam, até pelo seu comportamento metódico e às vezes mesquinho de perfeccionistas.


Vale a pena conferir.  

Gênero: biografia
Direção: Danny Boyle
Roteiro: Aaron Sorkin
Elenco: Adam Shapiro, Alice Aoki, Jackie Dallas, Jeff Daniels, John Ortiz, Kate Winslet, Katherine Waterston, Makenzie Moss, Michael Fassbender, Michael Stuhlbarg, Perla Haney-Jardine, Ripley Sobo, Sarah Snook, Seth Rogen, Vanessa Ross
Produção: Christian Colson, Danny Boyle, Guymon Casady, Mark Gordon, Scott Rudin
Fotografia: Alwin H. Kuchler
Montador: Elliot Graham
Trilha Sonora: Daniel Pemberton
Duração: 123 min.
Ano: 2015
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estreia: 14/01/2016 (Brasil)
Distribuidora: Universal Pictures
Estúdio: Cloud Eight Films / Decibel Films / Legendary Pictures / Scott Rudin Productions / The Mark Gordon Company / Universal Pictures
Classificação: 10 anos

Resenha feita por Rafael Lima 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

SPOTLIGHT - SEGREDOS REVELADOS


Spotlight, para quem não conhece, é um departamento que existe dentro do Jornal “Boston Globe”, destinado a reportagens investigativas. Até então, casos pequenos, como poluição de água, coisas da região eram investigadas. Em 2001, um novo diretor vindo do New York Times, chega no Jornal e quer publicar algo que que possa vender mais exemplares, e também mexa com que sociedade.
O Departamento, então comandado por Robby, começa a procurar por um caso de pedofilia que tinha sido divulgado há 3 anos e descobre que esse é apenas um indício de um crime muito maior. Reunindo diversos documentos, eles vão notando que durante anos, líderes religiosos ocultaram casos transferindo padres da região, sem nenhuma punição.
O longa tem um enredo muito bem desenvolvido, baseado em uma história real. Logo, um dos motivos que causa mais polêmica, por mais que muitos já saibam desses crimes, a trama provoca uma grande indignação ao telespectador, mesmo porque Boston foi apenas o ápice para que muitas regiões começassem a investigar a fundo casos como esse.
As atuações são boas, principalmente de Michael Keaton que estava há um tempinho afastado das telonas e a de Mark Ruffalo que demonstra um cara inquieto e impulsivo durante a investigação. Rachel McAdams faz o de sempre, mostra ser uma atriz versátil, fazendo bem, drama, suspense e romance, sem deixar nunca a desejar. Soptlight é um forte concorrente ao Oscar de 2016, porém acredito ainda não ser o favorito da Academia.  

Gênero: Suspense
Direção: Thomas McCarthy
Roteiro: Josh Singer, Thomas McCarthy
Elenco: Billy Crudup, Brian Chamberlain, Brian d'Arcy James, Doug Murray, Duane Murray, Elena Wohl, Gene Amoroso, Jamey Sheridan, John Slattery, Liev Schreiber, Mark Ruffalo, Michael Cyril Creighton, Michael Keaton, Neal Huff, Paul Guilfoyle, Rachel McAdams, Robert B. Kennedy, Sharon McFarlane, Stanley Tucci
Produção: Blye Pagon Faust, Michael Sugar, Nicole Rocklin, Steve Golin
Fotografia: Masanobu Takayanagi
Montador: Tom McArdle
Trilha Sonora: Howard Shore
Duração: 128 min.
Ano: 2015
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estreia: 07/01/2016 (Brasil)
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Anonymous Content / Participant Media / Rocklin / Faust
Classificação: 12 anos

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

OS HOMENS SÃO DE MARTE E É PRA LÁ QUE EU VOU - 2 TEMPORADA

     

      Bom, sei que este Blog é voltado para filmes em geral, mas sempre que tenho a oportunidade de escrever sobre alguma série, também acho muito legal compartilhar com vocês.
      Nesse fim de ano, nos dias chuvosos da praia, resolvi assistir a segunda temporada de “Os homens são de Marte e é para lá que eu vou”. Para quem viu o filme, ou acompanhou a primeira temporada, sabe que a personagem principal, Fernanda, interpretada pela linda Monica Martelli tenta sempre entender os homens e com uma imaginação fértil, ela vai criando várias ideias de um homem ideal.
     Depois de muitos encontros frustrados, agora ela está casada e com uma filha superesperta e divertida, a Nina. Seu marido, Miguel, é um homem formado em Filosofia que dá aulas e pretende fazer um doutorado, ou seja, tem um perfil completamente diferente de Fernanda. Logo, vemos muitas brigas e reconciliações, mas o mais legal da série é mostrar como a Mulher de hoje, independe e cheia de sonhos, pode conciliar o casamento, amigos e o trabalho sem perder o bom humor e a vontade de querer realizar tudo.
     O divertimento é garantido, os personagens continuam engraçados, com piadas inteligentes e uma forma simples, com diálogos claros e coloquiais, de transmitir que a vida pode ser mais leve, basta a gente querer. Apesar, de parecer um programa fútil, na verdade, ele vem para trazer reflexões sobre dúvidas que a maioria das mulheres e até homens tem e não sabem como lidar.

O site da série é bem legal e vale a pena ser visitado - http://gnt.globo.com/series/os-homens-sao-de-marte-e-e-pra-la-que-eu-vou/sobre.html


Eu vi a série no NOW que disponibiliza gratuitamente, mas você pode também ver na í´ntegra pelo site!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

LILA & EVE

     Eu não sou mãe, mas só pelo fato de sonhar em ser, eu sei que o filho é o bem mais precioso que uma mãe pode ter. Agora, imagine seu filho assassinado e a polícia nem aí para o caso. Comum ouvir histórias como essa no mundo inteiro, principalmente em periferias.
    O Filme “Lila and Eve”, trata exatamente disso. Lila, uma mulher com dois filhos, mora em um bairro de negros nos EUA e um dia seu filho Stephon é assassinado sem nenhum motivo, só estava no lugar errado e na hora errada. Como há muitas gangues na região, a polícia até investiga o caso, mas não se empenha nenhum pouco em fazer justiça, já que muitas mortes acontecem todos os dias nas ruas. 
    Lila, então começa a frequentar um grupo para mães que perderam seus filhos e precisam de ajuda psicológica para se recuperarem. Durante as sessões, ela conhece, Eve, uma mulher que também perdeu sua filha em um homicídio e a convence de fazer justiça com as próprias mãos.

    Como sempre uma atuação impecável de Viola Davis, que sabe muito bem como dramatizar uma personagem sem deixar de passar uma imagem forte da Mulher. O longa não tem muitos recursos, mas é uma boa pedida para se entender como a justiça age em certos casos e como as famílias são tratadas quando se mora na periferia nos EUA, ou em qualquer lugar do mundo. 

Data de lançamento: 30 de janeiro de 2015 (mundial)
DireçãoCharles Stone III
Duração: 1h 34m
Elenco: Jennifer Lopez, Viola Davis, Aml Ameen



A QUE HORAS ELA VOLTA




   Hoje, estava vendo o comercial da Globo, sobre a estreia do filme “A que horas ela Volta” no canal aberto. Confesso, que demorei um pouco para assistir, mas não por falta de vontade, mas porque infelizmente, apesar do filme ter ganho diversos prêmios internacionais, poucas salas de cinema (pelo menos em São Paulo) estavam com o longa em cartaz.
   Nesse fim de ano, aproveitei para colocar alguns filmes da minha lista de desejo em dia e já esperava um filme muito bom, depois de ler diversas críticas e ainda acho que o longa nacional poderia ir ao Oscar de 2016.
     Regina Casé vive uma mulher de fibra que vem do Nordeste para São Paulo, como todos retirantes nordestinos, para tentar uma vida melhor, ou simplesmente para enviar dinheiro para sua família que vive em condições precárias. Na pele de Val, ela trabalha como doméstica em uma casa de uma família de classe média alta no bairro do Morumbi, e por mais de dez anos ela manda dinheiro para sua terra natal e sustenta sua filha, sem participar da sua criação. Após esse longo período, sua filha Jéssica, decide visitar sua mãe e prestar vestibular para Arquitetura.
    Val vive nos quartinhos dos fundos da casa, mas é tratada pelo adolescente, Fabinho, como uma mãe, pois depois de tanto tempo, ele mostra ter passado mais tempo com ela, do que com sua mãe biológica. Quando sua filha chega na casa, tudo começa a mudar e ela começa a notar que apesar de tudo, todos a tratam apenas com uma empregada.
     Essa situação é muito comum na capital paulistana e até no Rio de Janeiro. Muitas mães largam seus filhos em suas pequenas cidades no Nordeste, para dar uma vida melhor para eles financeiramente, mas acabam não participando de sua criação. Muitas vezes como domésticas, elas são recebidas e tratadas de formas diferentes. Podemos encarar, como uma pessoa que vai fazer intercâmbio e tem famílias que acolhem você como filhos e outras apenas como hóspedes.
     A realidade desses subempregos no Brasil, a cada ano se torna mais comum, já que temos diversos problemas socioeconômicos, que não dão oportunidades às pessoas de baixa renda, fazendo com que certas escolhas sejam tomadas em prol do suprimento de necessidades.
   O longa é um pouco parado de início, mas vai se desenrolando e mostrando que tem muita lição e reflexão para nos transmitir. Atuações que surpreendem, e enredo muito bem trabalhado.

Data de lançamento: 28 de agosto de 2015 (EUA)
Elenco: Regina Casé, Michel Joelsas, Karine Teles, Camila Márdila, Lourenço Mutarelli.
Duração: 1h 54m

SUPREMA

Olá Pessoal! Não sou aquelas feministas extremas, que vão ás ruas lutarem por tudo que nos é de direito, mas tenho fortes convicções sobre...