sexta-feira, 23 de setembro de 2016

AQUARIUS

É chegada a hora de saber a nossa opinião sobre o filme nacional mais polêmico do ano: "Aquarius - O Filme".

Tirando a saudosa trilha sonora, a impecável direção de arte e alguns momentos de Sônia Braga, o filme é ruim.

O diretor Kleber Mendonça Filho ("O Som ao Redor") se perde durante todo o filme, a narrativa é cansativa, o excesso de informações banais é constrangedor e as críticas de o filme não ter sido indicado ao OSCAR são infundadas.

A trama começa em Recife - PE no ano de 1980, contando um pouco da história da personagem central Clara (Sônia Braga). Os problemas de enredo já começam ali.

Para contar que a personagem principal sofre de câncer de mama, não se vai ao fundo da história desse drama e, ao tentar retratar o lado familiar dessa personagem é mostrado uma festa de aniversário de uma tia que fora muito a frente de seu tempo, se faz de forma explícita, a mostragem de cenas de sexo que não deveriam constranger se tivessem mantido a classificação etária do filme em 18 anos! E manter essa classificação, como muitos envolvidos no filme reclamaram, não era "golpe", era o correto.

Passando-se a primeira fase (o filme é dividido em capítulos), a trama central é sobre o edifício "Aquarius" onde Clara vivera desde os anos 80, mas que hoje ela é a única moradora do condomínio e os conflitos com a modernização da atualidade.

Clara ainda tem propostas para vender seu apartamento para uma construtora que já tem metade do edifício e quer construir um novo e moderno no local.

A trama central é essa e seria bem explorada e definida em 1h e poucos minutos de rodagem, podendo ser abordados o direito de ir e vir da personagem, assim como seu egoísmo ou não diante da situação.

Da primeira visita da construtora até o mal resolvido desfecho, tem-se uma enxurrada de assuntos aleatórios, onde se quer abordar um monte de problemas sociais, mas que nenhum é aprofundado, a não ser o gosto de Clara por discos vinis e por consumo excessivo de maconha, sem contar mais 2 cenas de sexo explícito totalmente desnecessárias.


"Aquarius" teve uma bela jogada comercial ao levantar as bandeiras "fora Temer" ou "não ao golpe" nos tapetes vermelhos de Cannes. Ganhou alguns outros festivais pelo mundo, mas a pergunta é: quantos desses filmes considerados "noir" são de agrado público?

O problema de "Aquarius" não é só um problema exclusivo dele, mas o cinema nacional tem uma séria sina e um dom absurdo de boas ideias mal executadas. Tanto que quando alguma dá certo ou entrega o que promete é surpresa, mas mesmo assim pouco comercial.

Data de lançamento 1 de setembro de 2016 (2h 25min)
Gêneros DramaSuspense
Nacionalidades BrasilFrança

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Desculpe o transtorno, preciso falar de "DESCULPE O TRANSTORNO"

O primeiro e derradeiro filme de Gregório Duvivier e Clarice Falcão como casal, é surpreendentemente bom.

Não vá ao cinema pensando que, por causa do elenco recheado de comediantes, o filme é uma comédia escrachada, com muitos momentos de humor etc..A proposta do filme não é essa. Apesar de algumas cenas, como a comparação com "Mulheres de Areia" funcionar bem.

O filme se utiliza de um transtorno psicológico do personagem principal, Eduardo ou Duca (Gregório Duvivier) para fazer várias críticas às acomodações e comodismos do cotidiano de cada um.


Eduardo é um carioca que mora em São Paulo e futuro herdeiro de uma empresa de patentes de seu pai (personagem de Marcos Caruso), com quem viveu depois da separação de sua mãe. Noivo de Viviane (Dani Calabresa), o personagem principal tem uma vida de rotinas. Acorda no mesmo horário, faz as mesmas coisas, nas mesmas horas e aceita seu dia a dia.

Diante da morte de sua mãe Eduardo tem de fazer uma visita ao Rio de Janeiro, onde reaparece uma personalidade que estava "adormecida", e passa a ser "Duca". Conhece Barbara (Clarice Falcão) e sua vida começa a mudar.

Tendo de conviver com duas personalidades em uma só vida, dois amigos inseparáveis e tendo de fazer escolhas, mesmo que inconscientes, a vida sai da zona de conforto.
Uma reflexão, mesmo que não muito profunda dos anseios humanos pelas inovações e diálogos que a vida familiar tem de ter, "Desculpe o Transtorno" deveria ter uma sorte maior quanto a presença de público. Pena que as posições políticas de Gregório vêm apagando a sua carreira como ator.  

Data de lançamento 15 de setembro de 2016 (1h 34min)
Direção: 
Gêneros Comédia Romance
Nacionalidade Brasil 



Por Rafael H. de O. Lima

O BEBÊ DE BRIDGET JONES



Quanto tempo não nos vemos por aqui né?!
Bom, teve muita correria, mas também teve filme bom!

Hoje, estou aqui para falar do filme de comédia que mais me encantou nesses últimos tempos: “O bebê de Bridget Jones”.  Quando vemos o cartaz do longa, ou lembramos dos anteriores já criamos àquele rótulo de filme para “menininha”, mas na verdade eu encaro como um filme família, uma diversão para todos. Em meados de 2001 quando primeiro filme foi lançado, na minha visão ele conseguiu mostrar que nada era só príncipes e princesas, mas sim que todos nós temos dúvidas e incertezas quando tratamos de relacionamentos amorosos.
O terceiro filme da série “O Bebê de Bridget Jones”, não foi baseado no livro e sim criado astuciosamente para um entretenimento de primeira garantido. No filme anterior para quem não se lembra; Bridget havia se casado com o “gatão da meia idade” bem-sucedido Mark (Colin Firth), mas entre idas e vindas eles acabam se separando.  Nessa etapa da vida, Bridget, a solteirona cheia de dúvidas já chegou aos 40 anos e está mais segura de si. Bom, nem tão segura de si assim, porém resolve que tem de curtir a vida e não se preocupar tanto em agradar os outros.
Em um encontro casual ela conhece Jack (Patrick Dempsey), um cara que é conhecido na TV como o guru do amor, ao mesmo tempo que ela tenta manter uma relação saudável e com um “remember” com seu ex Mark. Até que um certo dia, ela descobre que está grávida e não tem a certeza de qual dos dois é o pai da criança.
Com certeza a trilogia foi fechada com chave de ouro e muitas risadas. A personagem manteve seu jeito atrapalhado e engraçado que conquista a todos que assistem. O elenco inteiro é sensacional. Dempsey soube mostrou um lado excêntrico e galanteador que arranca suspiros e risadas, assim como Firth que continua com o seu jeito sério, mas que perde toda a compostura ao lado de Renné.   Podemos dizer que esse relacionamento à três teve uma química brilhante.
Só para dar um gostinho de quero mais e curiosidade, o destaque positivo para o destino muito engraçado que deram para Daniel Cleaver (Hugh Grant). Se o filme não fosse o que eu esperava, valeria só pelas cenas que envolveram Cleaver.

Título: Bridget Jones's Baby (Original)
Ano produção: 2016
Dirigido por: Sharon Maguire
Estreia: 22 de Setembro de 2016 ( Brasil )
Gênero: Comédia, Romance
País de Origem: EUA

SUPREMA

Olá Pessoal! Não sou aquelas feministas extremas, que vão ás ruas lutarem por tudo que nos é de direito, mas tenho fortes convicções sobre...