terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A INCRÍVEL HISTÓRIA DE ADALINE


   Adaline, 29 anos, logo de início parece ser uma mulher sofisticada, inteligente e com uma beleza deslumbrante, porém vive solitária. Ao decorrer da trama começamos a entender que ela não é uma mulher do nosso tempo, que ela conhece mais histórias do que imaginamos e que ela já visitou mais lugares, que muitas pessoas da idade dela conseguiriam estar em uma vida toda. 
  Adaline Marie Bowman, na realidade nasceu no primeiro dia do ano de 1908. Ela viveu todas as experiências da infância, da juventude e do início da vida adulta como qualquer pessoa de sua época. Namorou, casou, teve uma filha e construiu uma família. Até que em meados dos anos 30, ela sofreu um acidente de carro que sem explicação fez com que ela parasse de envelhecer por décadas. Após muito tempo vivendo com 29 anos de idade, Adaline teve muitos romances, mas que sempre que ficava sério, ela tinha de sumir. No seu aniversário e réveillon de 2015, um encontro inesperado com o carismático filantropo Ellis Jones parece acender novamente sua paixão pela vida e pelo amor. Finalmente, quando ela decide conhecer a família do rapaz, algo inesperado acontece e pode ameaçar o segredo que ela compartilha apenas com sua filha, hoje já bem mais velha que ela.  
   Na mesma linha do filme “ O Curioso caso de Benjamin Button”, a obra que mistura ficção, romance e drama faz você pensar sobre vários momentos da vida que não sabemos mais por onde seguir.  A atuação da jovem Blake Lively é encantadora e envolvente. Um enredo bem trabalhado e os cenários bem cotidianos dão a sensação de àquilo ser realmente possível. Em nenhum, momento, você vai se perguntar que absurdo é esse, e sim se entreter cada vez mais!

Produção: Sidney Kimmel, Gary Lucchesi, Tom Rosenberg
Direção: Lee Toland Krieger
Ano de Produção: 2015
Título Original: The Age Of Adaline
Elenco: Blake Lively, Harrison Ford, Michiel Huisman, Amanda Crew, Ellen Burstyn, Richard Harmon, Kathy Baker, Anjali Jay
Roteiro: J. Mills Goodloe, Salvador Paskowit

Produção Executiva: David Kern, Andre Lamal, Eric Reid, Jim Tauber

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

NOCAUTE

A história de Billy Hope, nos faz pensar que o amanhã pode não ser tão bom quanto o hoje, mas que precisamos estar preparados para qualquer situação.
      Billy cresceu em um orfanato e com muita garra conseguiu se tornar um profissional do Boxe que está entre os melhores do mundo. Sua vida é cheia de glamour, muitos carros, uma mansão e uma família que ele ama mais que tudo. Porém, ele se deixa levar pela raiva, arruma diversas brigas fora do ringue e uma delas resulta no assassinato de sua esposa. A partir daí muitas tragédias na sua vida pessoal afetam seu lado emocional e ele chega no fundo do poço.
     Sem rumo e sem nenhuma esperança de se recuperar dessa dor, ele começa a afundar cada vez mais, sua casa vai a leilão e sem grana nenhuma, ele ainda perde a guarda de sua filha. No desespero, ele conhece um professor e dono de uma academia de Boxe que começa a lhe passar lições de vida que ele jamais havia pensado.
     Uma atuação fora do comum de Jake Gyllenhaal, que mostra o potencial de um jovem que com certeza ainda tem um caminho brilhante nas telonas. A maquiagem feita no ator impressiona e seus trejeitos como um lutador traz uma realidade para a trama.


Um filme de ação, drama e acima de tudo de reflexão!

"Se Rocky revolucionou os filmes baseados em esporte, Nocaute chega para mostrar como fazer um filme ser próximo da realidade. As cenas de luta são perfeitas, e aqui vale destacar toda a transformação física de Jake Gyllenhaal. Bem coreografadas, as sequências em que Billy Hope está dentro do ringue impressionam. Você torce para o personagem como se aquilo que vemos fosse de verdade, tão emocionante quanto uma boa luta de boxe."
http://gq.globo.com/Cultura/Cinema/noticia/2015/09/nocaute-5-motivos-que-tornam-o-filme-um-dos-melhores-dramas-de-boxe.html 

Estreia: 10/09/2015
Título em Inglês: Southpaw
Gênero: Drama
Duração: 123 min.
Origem: Estados Unidos
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Kurt Sutter
Distribuidor: Diamond Films do Brasil
Classificação: 16 anos

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

LUGARES ESCUROS

Em 1985, uma chacina acontece na cidade de Kansas. Libby, a única sobrevivente do homicídio, teve sua mãe e duas irmãs mortas. Seu irmão mais velho Ben é o principal culpado e está preso há 28 anos sem ter recorrido, uma vez sequer à sentença. Procurada por um grupo de pessoas que investigam assassinatos, Libby começa a desvendar coisas da época que nem imaginava e passa a desconfiar que Ben, não é de fato, o criminoso que ela construiu na sua mente.
Com um dom de trabalhar em cima de crimes que precisam ser de uma investigação mais minuciosa do que um simples assassinato, Gillian Flynn, que também escreveu “Garota Exemplar”, parece entrar na mente de psicopatas para criar histórias tão criativas. 
Além de contarmos mais uma vez, com a atuação incrível de Charlize Teron, em minha opinião, uma das atrizes mais competentes e versáteis dessa geração.
Com certeza, esse é um filme de suspense e drama que irá te deixar intrigado do inicio ao fim.  Para quem já teve a oportunidade de ler algo da autora, sabe exatamente o que estou falando, porém irá se surpreender com o desfecho desse roteiro muito bem trabalhado. 


Data de lançamento: 18 de junho de 2015 (Brasil)
Elenco: Charlize Teron, Chloë Grace Moretz, Tye Sheridan
Direção: Gilles Paquet-Brenner
Duração: 1h 53m
Adaptação de: Lugares Escuros

Música composta por: Gregory Tripi, Brian Transea

domingo, 6 de setembro de 2015

PRIMEIRA TEMPORADA DE NARCOS


Após ver os 10 episódios da primeira temporada da série “Narcos”, nada mais justo que dar o meu ponto de vista sobre a obra mais falada nesses últimos dias.  Logo de inicio, já percebemos que não houve economia em sua produção. Cenários exuberantes, aviões, reconstituição de crimes, guerras e atores competentes para dar vida aos personagens que fizeram parte da história, revelam uma produção de alto orçamento.
A série que conta a vida do mais poderoso traficante que já existiu, trouxe algumas inovações para a televisão, como a direção e atuação de dois nomes brasileiros na obra fictícia. Wagner Moura dá vida a Pablo Escobar  e José Padilha, como produtor executivo e diretor de alguns capítulos, mostra a competência em fazer algo de qualidade.
Muitas pessoas podem contestar a veracidade dos fatos, assim como eu. A trama foca bastante no relacionamento de Pablo com sua família, quando de fato a história é narrada pelo americano Steve Murphy, que fazia parte do DEA (Departamento de Justiça dos Estados Unidos dedicada à luta contra o tráfico de drogas.) na época, e foi encarregado de capturar Escobar. Ou seja, os fatos são contados em uma versão americana, como já afirmado por Padilha e não se baseia em relatos de quem viveu do lado do traficante. Isso, não impede que o telespectador se prenda até o fim de cada capítulo, sendo estimulado a ver o próximo. 
Sobre o ator Wagner Moura falar espanhol e ser criticado em várias redes sociais, sua defesa feita para o público é extremamente compreensível. ““É claro que o meu sotaque não é igual ao de um nativo”, afirmou Moura””. Como todo país Latino, cada cidade ou país possui um sotaque da sua região, imagino que só um ator nativo conseguiria melhor.
Você que espera muita ação, tiros, drogas, até pode ver isso, mas os diálogos são mais presentes do que qualquer outra coisa, o que faz cada explicação ter uma continuidade muito boa e um roteiro excelente. Com certeza, deveríamos esperar uma série assim de quem contribuiu para o bem de uma nação, mas ao assistir os primeiros episódios, já notamos o porquê de muitos Colombianos serem eternamente gratos à Escobar. Os últimos episódios trazem certa tensão e você acredita que o décimo episódio revelará tudo, porém a série continua em 2016. 
A série pode ser vista gratuitamente pelo Netflix e teve sua estreia no dia 28 de agosto de 2015.

Criado por Chris Brancato, Eric Newman (2015)
Elenco: Wagner Moura, Pedro Pascal, Boyd Holbrook , Juan Pablo Haba, André Mattos                                                                              
País: EUA
Gênero: Drama, Policial, Suspense
Duração: Episódios de 52 minutos                                                                   
Produção Executiva: José Padilha

terça-feira, 11 de agosto de 2015

UMA BREVE PASSAGEM PELA NOUVELLE VAGUE


Todo mundo já ouviu àquela expressão: “mas a Monica queria ver o filme do Godard...”.

    Conheci Godard de uma maneira simples, mas muito satisfatória. Trabalhava na Videoteca da PUC de São Paulo e meu chefe pediu para que eu catalogasse o filme do cineasta francês, tão aclamado pela sociedade vanguardista.
    Bom, levei o filme para casa e em uma tarde comum comecei a assistir. Logo vi que não era uma historinha simples de se entender e tão pouco objetiva para um telespectador. Fui formulando histórias em minha cabeça do que se passava na minha TV, mas não conseguia unir aos fatos. Por um momento, minha mãe sentou na sala e começou a assistir a obra comigo. Ela, pouco entendida, mas também amantes de filmes como eu, começou a dar palpites e falar o que achava daquele roteiro desorganizado e maluco. Em resumo, o longa acabou e fiquei com a sensação vazia e de não ter absorvido absolutamente nada.
    No outro dia, fui até a sala do meu chefe e perguntei:
- Cadu, não entendi nada do filme, você poderia me explicar?
Foi então que uma resposta inesperada surgiu:
- Godard não se entende, ele não foi feito para isso.

   A partir daquele momento, me interessei em entender mais sobre o que era o movimento “Nouvelle Vague”. Para quem não conhece, na década de 60, jovens autores franceses desconhecidos, desprovidos de algum apoio financeiro, começaram a escrever suas obras sem nenhum apelo comercial. Eles tinham como intuito; mudar o jeito de a sociedade ver o cinema. Criavam obras desconexas, ou que quebravam certas regras culturais para que fossem notados.
   Hoje, atrelo essas obras aos chamados filmes “Cult”. Ou seja, são longas que querem transmitir ao telespectador uma reflexão, entretanto não seguem o padrão “hollywoodiano”. Geralmente, possuem atores desconhecidos, diálogos curtos, cenários simples e com uma abordagem moral provocante. São longas que possuem grande influência sobre fatos atuais ou até mesmo refletem o momento da sociedade de uma forma nua e crua. Podem ser também, filmes biográficos de personalidades que fugiram de rótulos para entrar para história.
  Caso vocês se interessem em assistir um filme desse movimento, que até hoje atrai pessoas para salas alternativas de cinemas ou são levadas às universidades para contribuir com o ensinamento de uma geração, aqui vai alguns filmes que marcaram bastante essa minha trajetória de compreensão desse estilo da sétima arte:
- Os Incompreendidos
- O Acossado
- Jules e Jim, uma mulher para dois
- Hiroshima, meu amor

terça-feira, 23 de junho de 2015

RELEITURA DOS FILMES "GREASE" E "NOS EMBALOS DE SÁBADO A NOITE" - A SOCIEDADE DO ANOS 70

 “Os Embalos de Sábado à Noite”: Retrata a história de Tony Manero, jovem do Brooklyn, que trabalha diariamente numa loja de tintas. Mas ele não quer aquela vida. Seu grande sonho é se tornar dançarino. Assim, todos os sábados à noite, ele frequenta uma agitada discoteca onde faz contagiantes apresentações.
 Filmado em 1977 e dirigido por John Badham, levou mais de 6 milhões de pessoas aos cinemas no Brasil e fez com que Jonh Travolta se consagrasse como um grande ator e dançarino no cinema mundial.


“Grease – Nos Tempos da Brilhantina”: Retrata as amizades, os romances e as aventuras de um grupo de estudantes americanos da década de 1950. Adaptação para as telas de um grande sucesso nos palcos da Broadway, o filme elevou John Travolta à condição de estrela e marcou a estréia da cantora Olivia Newton-John no cinema.

Filmado em 1978 e dirigido por Randal Kleiser, a história principal centra em um casal de estudantes que trocam juras de amor, mas se separam nas férias de verão, pois ela voltará para a Austrália. Entretanto, os planos mudam e Sandy por acaso se matricula na escola de Danny. Para fazer gênero, ele, infantilmente, lhe dá uma esnobada, mas os dois continuam apaixonados, apesar do relacionamento ter ficado em crise. Esta trama serve como pano de fundo para retratar o comportamento dos jovens da época. 

Na sociedade dos anos 70,forças econômicas criaram um sentido primordial de desencanto e futilidade na esfera pública da América. Além disso, os acontecimentos políticos também contribuíram para a reação subseqüente da América cultural, fazendo a sociedade se voltar mais às preocupações pessoais, individuais. A proeminência dos movimentos de justiça social, característicos dos anos 1960, se dissipou ao longo dos anos 1970, tornando os americanos mais preocupados consigo mesmos do que com o bem maior, ou seja, o indivíduo em contraponto à sociedade.

Classes diferentes, antes de tudo, possuem modos e estilos de vida distintos, mas em decorrência dessa sociedade consumista, quando elas começam a desejar as mesmas coisas, tribos com valores semelhantes se criam dando origem ao individualismo. Isto porque as pessoas se preocupam com seu status pessoal e não mais com a comunidade em geral, consumindo bens de alto e pequeno valor. Apesar desse individualismo de consumo de certas coisas, ainda tem-se uma classe alta ou “alta” cultura de consumo, que são as pessoas com maior poder aquisitivo e que têm interesses diferenciados ao de uma “baixa” cultura; como exemplo: enquanto os de alto poder são mais intelectuais e procuram a diversão e o lazer em museus, a baixa tem uma diversão menos qualificada em relação ao intelectualismo. Com todos esses grupos se manifestando, o mercado tem sempre um lucro maior, pois o consumismo é exagerado, tanto pelos burgueses quanto pela nova pequena burguesia, gerando estilos de vida que fazem a cultura pós-moderna se expandir.

Filmes que se tornaram identificadores de uma época, como “Sem Destino” (Easy Rider - 1969), de Denis Hopper, demonstram como o cinema adotava a juventude não apenas como tema, mas a considerava também como um público novo e que precisava ser conquistado. Era, ao mesmo tempo, protagonista da história e consumidor de seu produto. A indústria cinematográfica sempre seguiu não apenas as modas e os sintomas culturais do momento, como se aproveitou delas de forma eficiente e criativa. Não foi de outro modo com os filmes dedicados à mania das danças, como o sucesso “Grease – Nos Tempos da Brilhantina”.

O filme “Grease”, que apesar de ter sido filmado depois de “Os Embalos de Sábado à Noite”, nos mostra acontecimentos que vieram antes. Quando analisamos suas cenas, vemos jovens que vivem um momento de liberdade que sucede o conforto pós-guerra que a sociedade norte-americana vinha passando. Os jovens tentam achar uma maneira de acabar com a repressão em seus comportamentos. Os rapazes estão chegando à sua maioridade e, assim, começam a comprar carros dos últimos modelos, motos e as mulheres já não querem ser apenas as donas de casa que estavam sempre à disposição de seus maridos. Uma cena do filme que mostra claramente um momento de união entre o homem e a mulher na sociedade para acabar com as regras impostas na nela é a cena de racha de carros.

Mais do que a historinha do casal de verão que, por acaso se reencontra no colégio, o que de fato move “Grease” é a busca por um retrato da juventude dos anos 50. Se este período histórico representa o momento em que o american way of life se estabelece como o modelo padrão que impulsiona o capitalismo, o filme sintetiza a consolidação da sociedade de consumo numa cena em que um carro comum se transforma em uma super máquina, um estilo de vida. Muito mais que as lanchonetes, os drive-ins e os parques de diversões tornam-se o desejo de consumo que forma a base do american dream. Se a trama central gira em torno da liberação sexual da mocinha, esta só ocorre quando a mesma se confronta com a alegria que a transgressão provoca em seus amigos. 

Já, no filme “Os Embalos de Sábado à Noite”, Tony Manero (John Travolta), um jovem do Brooklyn e um excelente dançarino de disco music, só encontra significado na vida quando dança, pois passa a semana trabalhando em uma loja de tintas, algo que não o gratifica de forma nenhuma. Assim, ele se perfuma, se veste de um jeito fashion e vai para a discoteca no final de semana. Sob a influência de seu irmão, um padre frustrado, e de Stephanie (Karen Lynn Gorney), sua parceira de dança, começa a questionar a maneira como encara a vida e a limitação de suas perspectivas. Paralelamente, Tony vive uma crise amorosa, enquanto se prepara para participar de um concurso em uma discoteca.

O filme, e precisamente John Travolta, fez escola fora do cinema. Todos os jovens queriam dançar conforme Tony e se vestir conforme Tony, o carismático personagem de Travolta neste filme, que achou na dança uma identidade para sair da rotina que não lhe dava um prazer pessoal. Sua performance, vestindo um terno branco e apontando o dedo para o céu, fez dele um ícone popular da cultura americana no final de 1970. Assim, John Travolta preencheu a vaga do cinema deixada por Fred Astaire e Gene Kelly. Tony personifica a luta americana para sobreviver, sentimento difundido durante o período de dificuldades que o país enfrentava.

A trilha sonora do filme complementa o espírito enérgico de Tony, que, ao dançar, afasta de seus pensamentos a dura realidade em que vive no Brooklin. E, assim, o filme é responsável pela popularização da era disco, da vida noturna e da subcultura ilustrada no personagem em sua jornada pela auto-realização. Apesar de Tony eventualmente perceber suas limitações, suas deficiências pessoais, essa caracterização representa com autenticidade um herói urbano.
Milhões de americanos se reuniram para ver o filme porque era mais como ir a um concerto do que assistir a um filme sobre as realidades da vida no Brooklyn. Por isso, o filme reflete uma mudança de tendência no cinema no final dos anos 1970.

O filme tem como trilha sonora principal a batida pulsante da clássica canção “Staying Alive”, dos Bee Gee’s. Sua letra é como um hino para o personagem principal retratado, Tony, que tem uma personalidade que oscila entre acessos de raiva e fúria com a vulnerabilidade sensível e a ambição. Além disso, Tony exibe uma personalidade “boca suja”, racista e sexista em alguns casos, mas, ao mesmo tempo, bem-humorado e charmoso em outras ocasiões.

A busca pela auto-realização, por uma identidade própria de cada indivíduo e pelo culto à imagem ganham impulso na sociedade norte-americana de 1970. O impacto dessas caracterizações será percebido, em especial, a partir da manifestação de novos hábitos e costumes que reproduzem e se disseminam na sociedade em questão. A cultura de massa da época passa por intensas transformações, seja nos aspectos relacionados à moda e comportamento, seja pela influência musical e dos meios de comunicação, como enfatizamos várias vezes nessa análise.

Com isso, podemos analisar a moda dos anos 70, que é marcada por roupas mais justas e o uso excessivo de tecidos coloridos e brilhantes, como uma forma de libertação pessoal. A minissaia, vinda dos anos 60, vira hit no mundo da moda e passa a ser um artigo indispensável para a juventude dessa época, que quer causar impacto. As calças boca-de-sino, camisa de gola rolê, sapatos plataformas e os tecidos sintéticos ou naturais compõem o figurino básico de grande parte das mulheres e homens.

A maquiagem contava com cores frias (verde, azul, roxo) que ressaltava os olhos, deixando-os bem marcados com o uso de cílios postiços. O corte de cabelo para os homens eram médios encostando na gola da camisa e havia um hábito de deixar barba e bigode. Já no cabelo das mulheres dominava o uso de franjas, corte em camadas, pontas bem arrebitadas e o uso do laquê era indispensável, uma maneira mais rebelde, saindo do cabelo certinho da mulher tradicional.

O ritmo musical, agora, não era mais o Rock and roll, mas estava crescendo a era disco. O termo é derivado da abreviação da palavra discotheque e, no início, era associado a clubes noturnos frequentados por grupos sociais excluídos como homossexuais, negros e latinos, que é o caso de Tony Manero. Somente quando os meios de comunicação (rádio e televisão) começaram a dar visibilidade ao movimento disco é que ele passa a ser disseminado no território norte-americano e em outros países europeus. Esse fenômeno aconteceu ainda nos primeiros anos da década de 70 e foi responsável tanto pela proliferação de casas noturnas específicas para esse gênero, como pela mudança de status de um estilo marginalizado para um estilo frequentado pela alta sociedade americana.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

A BOA MENTIRA

O longa a "Boa Mentira", conta uma história real que permeou os anos de 1983 até 2005, anos de terríveis Guerras Civis que assolaram o Sudão. Segundo dados, estima-se que mais de dois milhões de pessoas tenham perdido a vida. Em busca de abrigo, um sem-número de famílias deixou as suas casas e seguiu em direção a campos de refugiados. Devido à situação caótica em que viviam, perto de 27 mil crianças foram separadas dos pais.
 Após desses longos anos de Guerra na África, quatro jovens sudaneses que lutaram unidos e sempre protegendo uns aos outros têm a chance de ir para os EUA e se tornarem cidadãos americanos. Porém, esses jovens não sabem nada além da guerra e do sofrimento. Conhecidos como refugiados do Sudão, agora eles precisam de um emprego e residência fixa para conseguirem um visto permanente na “América”. Mesmo com algumas dificuldades, eles apenas querem permanecerem unidos como irmãos e fazerem o que é correto. 
O filme é exemplo um de superação, força, união e acima de tudo de amor ao próximo. É possível viver em sofrimento e não perder o caráter e humildade de viver. Assistir esse filme é como aprender sobre relações humanas novamente, é valorizar a palavra família, é ajudar ao próximo sem olhar quem. 

A atuação de Reese Witherspoon, no papel de Carrie, uma agente de empregos que fica responsável em arranjar emprego para alguns refugiados, se torna parte chave da união e do desdobramento da história do longa. "A Boa Mentira" é um filme recomendado para todas idades, sexo e raça!



  1. Data de lançamento3 de outubro de 2014 (República da ChinaEUA)
  2. Duração1h 52m
  3. Lançamento em DVD23 de dezembro de 2014 (EUA)

SUPREMA

Olá Pessoal! Não sou aquelas feministas extremas, que vão ás ruas lutarem por tudo que nos é de direito, mas tenho fortes convicções sobre...