Complicado
escrever sobre um filme dos escritores que você mais admira. Em meio à sua
loucura e também livros um pouco mais complicados de se digerir, Stephan King
já construiu um legado entre os fãs de terror e suspense. Desde criança, sou
apaixonada pelo gênero e muitas vezes não sinto mais nada ao ver uma obra hoje
em dia, por não sairmos mais da mesmice.
Pois bem,
ontem fui ver a regravação de “It – a coisa.”. Minha primeira observação
positiva, foi a de fazerem o longa exatamente 27 anos depois do lançamento do
original. Na obra, o palhaço intitulado como “a coisa” ataca a cada 27 anos na
cidade de Derry, cidade fictícia no estado de Maine (US), durante um ano sendo
seu alvo principalmente crianças. King usa Maine em outros vários romances e
contos, isso dá a impressão de sermos levados a cidades pequenas que possuem
lendas jamais reveladas.
Bom, vamos ao
enredo! Após o desaparecimento de algumas crianças, um grupo de meninos que
vivem sendo perseguidos por adolescentes mais velhos da escola, começam a ver
seus medos criando uma força muito maior dentro de si mesmas e aparições que
lhe causam pânico. Com famílias totalmente desestruturadas, o longa impressiona
com cenas fortes e impactantes sobre a palavra “lar”. Nenhum desses jovens têm
o apoio de seus pais, uns nem revelados, outros uns “monstros psicopatas”. Cabe
a eles se unirem, para não desaparecerem também.
Uma das
crianças do grupo, Billy, teve seu irmão desaparecido e convence a turma que
eles devem achá-lo, não importa onde for. Com isso, eles descobrem que a
tubulação do esgoto da cidade, possuí pontos onde essas crianças sumiram e o
caminho leva apenas à um poço abandonado em uma rua de uma casa “mal-assombrada”.
Juntos, eles decidem atacar esse mal, que até agora é desconhecido, mas todos
já tiveram a aparição de um Palhaço com uma estética maligna.
O filme, diferente
do primeiro, onde o palhaço é o centro das atenções e chega a ser bizarro
muitas vezes, traz para a trama um drama psicológico. Ele nos mostra que os
nossos medos se multiplicam quando são alimentados e que o mal também se
fortalece com eles. Considero essa versão, até mesmo uma lição para não aumentarmos
nossas crenças negativas sobre o que nos apavora. Quanto mais acreditamos que o
que nos apavora é real, mais vamos enfraquecendo nossa mente e é isso que “a
coisa” faz com essas crianças, pega o seu maior medo e cria ilusões até se
revelar. Isso, vai os deixando confusos, mas também curiosos de como se safar e
não desaparecer como todos os outros.
O cenário que
já nos remete aos anos 80, é similar as propostas dos filmes “thriller” Sessão
da Tarde que fizeram diferença nos anos 80 e 90. É uma sensação inigualável,
voltar a ver algo como “Os Goonies” e “Garotos Perdidos” que já haviam sido contempladas
na série “Stranger Things”, dos irmãos Duffer. As referências são muito
similares e dignas de serem assistidas. Não é à toa que “It –a coisa”, já arrecadou
apenas em sua estreia US$ 76 milhões.
Título original: It
Gêneros: Terror, Drama, Suspense
Nacionalidade: EUA
Data de lançamento: 7 de setembro de 2017
Duração: 135 min
Direção: Andy Muschietti
Roteiro: Chase Palmer, Gary Dauberman, Stephen King
Produção: Barbara Muschietti, Dan Lin, David Katzenberg, Roy
Lee, Seth Grahame-Smith
Fotografia: Chung-hoon Chung
Estúdio: KatzSmith Productions, Lin Pictures, Vertigo
Entertainment
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