sexta-feira, 29 de setembro de 2017

FEITO NA AMÉRICA



Para você que gosta de “Narcos” e achava Pablo Escobar um gênio do tráfego, conheça Barry Seals, o gringo que resolvia tudo em relação as entregas de drogas da Colômbia para os EUA. A obra mostra a lábia de um homem de negócios que soube aproveitar os confrontos na época da Guerra Fria na região do Caribe, junto com a explosão do Narcotráfico, tornando-se milionário. Seals, já havia sido mencionado em outras produções, como “Conexão Escobar” e como já citado acima, em “Narcos”. Podemos dizer, que o dinheiro que o cartel de Medelín ganhava na década de 80, vindo dos EUA, era por conta desse cara que fez história entregando toda a cocaína que chegava em Miami durante anos.
“Feito na América”, relata a história de um dos melhores pilotos dos EUA, que larga o emprego na TWA, maior empresa de aeronaves comerciais da época, para trabalhar para CIA. Na era dos contras (Guerra Fria), os EUA ajudavam financeiramente os rebeldes na Nicarágua, sob o governo de Ronald Reagan. Barry, notável por sua habilidade em pilotar rápido e com precisão no desvio de rotas em grandes aviões, era o responsável por fotografar e levar informações sobre os comunistas da América do sul para o serviço secreto americano. E é assim que entre uma viagenzinha e outra, que ele conhece o Cartel de Medelín.
A partir daí a cocaína da Colômbia começa a entrar nos EUA em uma quantidade absurda, e Seals precisa controlar toda uma frota da entrega da mercadoria ilegal, além de continuar levando armas da CIA para a Nicarágua, sem ser percebido.
Quem gosta de aviões, não pode perder essa obra prima de aventura, muito bem produzida e com um enredo, não sei se fiel aos fatos reais, mas intrigante sobre como muitas coisas eram feitas “por debaixo do pano” e sem restrições, quando o interesse de todas as partes em fazer dinheiro, é maior do que a ética.

Tom Cruise tem uma bela atuação no papel principal, dando vida ao personagem de forma engraçada e convincente.  Esse carisma para sustentar a narrativa deixa o espectador seduzido não só pelo personagem, mas também pela fotografia aérea do longa, que é simplesmente fenomenal. 

Titulo original: American Made
Gêneros: Biografia, Suspense, Policial
Nacionalidade: EUA
Duração: 115 min
Estréia: 14 de setembro de 2017
Direção: Doug Liman
Roteiro: Doug Liman
Produção: Brian Grazer, Brian Oliver, Doug Davison, Kim Roth, Ron Howard, Tyler Thompson
Fotografia: César Charlone
Trilha Sonora:Christophe Beck
Estúdio: Cross Creek Pictures, Imagine Entertainment, Quadrant Pictures, Vendian Entertainment
Montador: Andrew Mondshein, Dylan Tichenor, Saar Klein
Distribuidora: Universal Pictures

terça-feira, 19 de setembro de 2017

IT - A COISA


Complicado escrever sobre um filme dos escritores que você mais admira. Em meio à sua loucura e também livros um pouco mais complicados de se digerir, Stephan King já construiu um legado entre os fãs de terror e suspense. Desde criança, sou apaixonada pelo gênero e muitas vezes não sinto mais nada ao ver uma obra hoje em dia, por não sairmos mais da mesmice.
Pois bem, ontem fui ver a regravação de “It – a coisa.”. Minha primeira observação positiva, foi a de fazerem o longa exatamente 27 anos depois do lançamento do original. Na obra, o palhaço intitulado como “a coisa” ataca a cada 27 anos na cidade de Derry, cidade fictícia no estado de Maine (US), durante um ano sendo seu alvo principalmente crianças. King usa Maine em outros vários romances e contos, isso dá a impressão de sermos levados a cidades pequenas que possuem lendas jamais reveladas.
Bom, vamos ao enredo! Após o desaparecimento de algumas crianças, um grupo de meninos que vivem sendo perseguidos por adolescentes mais velhos da escola, começam a ver seus medos criando uma força muito maior dentro de si mesmas e aparições que lhe causam pânico. Com famílias totalmente desestruturadas, o longa impressiona com cenas fortes e impactantes sobre a palavra “lar”. Nenhum desses jovens têm o apoio de seus pais, uns nem revelados, outros uns “monstros psicopatas”. Cabe a eles se unirem, para não desaparecerem também.
Uma das crianças do grupo, Billy, teve seu irmão desaparecido e convence a turma que eles devem achá-lo, não importa onde for. Com isso, eles descobrem que a tubulação do esgoto da cidade, possuí pontos onde essas crianças sumiram e o caminho leva apenas à um poço abandonado em uma rua de uma casa “mal-assombrada”. Juntos, eles decidem atacar esse mal, que até agora é desconhecido, mas todos já tiveram a aparição de um Palhaço com uma estética maligna.


O filme, diferente do primeiro, onde o palhaço é o centro das atenções e chega a ser bizarro muitas vezes, traz para a trama um drama psicológico. Ele nos mostra que os nossos medos se multiplicam quando são alimentados e que o mal também se fortalece com eles. Considero essa versão, até mesmo uma lição para não aumentarmos nossas crenças negativas sobre o que nos apavora. Quanto mais acreditamos que o que nos apavora é real, mais vamos enfraquecendo nossa mente e é isso que “a coisa” faz com essas crianças, pega o seu maior medo e cria ilusões até se revelar. Isso, vai os deixando confusos, mas também curiosos de como se safar e não desaparecer como todos os outros.

O cenário que já nos remete aos anos 80, é similar as propostas dos filmes “thriller” Sessão da Tarde que fizeram diferença nos anos 80 e 90. É uma sensação inigualável, voltar a ver algo como “Os Goonies” e “Garotos Perdidos” que já haviam sido contempladas na série “Stranger Things”, dos irmãos Duffer. As referências são muito similares e dignas de serem assistidas. Não é à toa que “It –a coisa”, já arrecadou apenas em sua estreia US$ 76 milhões.

Título original: It
Gêneros: Terror, Drama, Suspense
Nacionalidade: EUA
Data de lançamento: 7 de setembro de 2017
Duração: 135 min
Direção: Andy Muschietti
Roteiro: Chase Palmer, Gary Dauberman, Stephen King
Produção: Barbara Muschietti, Dan Lin, David Katzenberg, Roy Lee, Seth Grahame-Smith
Fotografia: Chung-hoon Chung
Estúdio: KatzSmith Productions, Lin Pictures, Vertigo
Entertainment

SUPREMA

Olá Pessoal! Não sou aquelas feministas extremas, que vão ás ruas lutarem por tudo que nos é de direito, mas tenho fortes convicções sobre...