O primeiro e derradeiro filme de Gregório Duvivier e Clarice Falcão como casal, é surpreendentemente bom.
Não vá ao cinema pensando que, por causa do elenco recheado de comediantes, o filme é uma comédia escrachada, com muitos momentos de humor etc..A proposta do filme não é essa. Apesar de algumas cenas, como a comparação com "Mulheres de Areia" funcionar bem.
O filme se utiliza de um transtorno psicológico do personagem principal, Eduardo ou Duca (Gregório Duvivier) para fazer várias críticas às acomodações e comodismos do cotidiano de cada um.
Eduardo é um carioca que mora em São Paulo e futuro herdeiro de uma empresa de patentes de seu pai (personagem de Marcos Caruso), com quem viveu depois da separação de sua mãe. Noivo de Viviane (Dani Calabresa), o personagem principal tem uma vida de rotinas. Acorda no mesmo horário, faz as mesmas coisas, nas mesmas horas e aceita seu dia a dia.
Diante da morte de sua mãe Eduardo tem de fazer uma visita ao Rio de Janeiro, onde reaparece uma personalidade que estava "adormecida", e passa a ser "Duca". Conhece Barbara (Clarice Falcão) e sua vida começa a mudar.
Tendo de conviver com duas personalidades em uma só vida, dois amigos inseparáveis e tendo de fazer escolhas, mesmo que inconscientes, a vida sai da zona de conforto.
Uma reflexão, mesmo que não muito profunda dos anseios humanos pelas inovações e diálogos que a vida familiar tem de ter, "Desculpe o Transtorno" deveria ter uma sorte maior quanto a presença de público. Pena que as posições políticas de Gregório vêm apagando a sua carreira como ator.
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