quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A QUE HORAS ELA VOLTA




   Hoje, estava vendo o comercial da Globo, sobre a estreia do filme “A que horas ela Volta” no canal aberto. Confesso, que demorei um pouco para assistir, mas não por falta de vontade, mas porque infelizmente, apesar do filme ter ganho diversos prêmios internacionais, poucas salas de cinema (pelo menos em São Paulo) estavam com o longa em cartaz.
   Nesse fim de ano, aproveitei para colocar alguns filmes da minha lista de desejo em dia e já esperava um filme muito bom, depois de ler diversas críticas e ainda acho que o longa nacional poderia ir ao Oscar de 2016.
     Regina Casé vive uma mulher de fibra que vem do Nordeste para São Paulo, como todos retirantes nordestinos, para tentar uma vida melhor, ou simplesmente para enviar dinheiro para sua família que vive em condições precárias. Na pele de Val, ela trabalha como doméstica em uma casa de uma família de classe média alta no bairro do Morumbi, e por mais de dez anos ela manda dinheiro para sua terra natal e sustenta sua filha, sem participar da sua criação. Após esse longo período, sua filha Jéssica, decide visitar sua mãe e prestar vestibular para Arquitetura.
    Val vive nos quartinhos dos fundos da casa, mas é tratada pelo adolescente, Fabinho, como uma mãe, pois depois de tanto tempo, ele mostra ter passado mais tempo com ela, do que com sua mãe biológica. Quando sua filha chega na casa, tudo começa a mudar e ela começa a notar que apesar de tudo, todos a tratam apenas com uma empregada.
     Essa situação é muito comum na capital paulistana e até no Rio de Janeiro. Muitas mães largam seus filhos em suas pequenas cidades no Nordeste, para dar uma vida melhor para eles financeiramente, mas acabam não participando de sua criação. Muitas vezes como domésticas, elas são recebidas e tratadas de formas diferentes. Podemos encarar, como uma pessoa que vai fazer intercâmbio e tem famílias que acolhem você como filhos e outras apenas como hóspedes.
     A realidade desses subempregos no Brasil, a cada ano se torna mais comum, já que temos diversos problemas socioeconômicos, que não dão oportunidades às pessoas de baixa renda, fazendo com que certas escolhas sejam tomadas em prol do suprimento de necessidades.
   O longa é um pouco parado de início, mas vai se desenrolando e mostrando que tem muita lição e reflexão para nos transmitir. Atuações que surpreendem, e enredo muito bem trabalhado.

Data de lançamento: 28 de agosto de 2015 (EUA)
Elenco: Regina Casé, Michel Joelsas, Karine Teles, Camila Márdila, Lourenço Mutarelli.
Duração: 1h 54m

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